O Brasil perdeu um dos seus maiores dramaturgos: Ariano Suassuna, autor de Uma Mulher vestida de Sol, O casamento suspeitoso, Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, e é claro, O Auto da Compadecida, que nos apresentou aos inesquecíveis e amáveis Chicó e João Grilo. O mestre também foi o idealizador do Movimento Armorial, que teve como objetivo criar uma arte erudita utilizando-se dos elementos da cultura nordestina.
Paraibano de nascença, pernambucano de coração, nordestino de corpo, alma e obra, Ariano nos deixa órfãos de uma cultura que ele mesmo ajudou a construir, fazendo com que sentíssemos orgulho das nossas origens, e calando com bom humor o sofrimento do nosso povo.
É Ariano, “em redor do buraco, tudo é beira”… E nesse buraco triste em que estamos agora, serão as tuas obras que nos ajudarão a superar a ausência e a imortalizar o que já nasceu imortal.
Ariano vive em Chicó, em João Grilo, em Severino, na cachorra enterrada em latim, no gato que “descomia” dinheiro, no major Antonio Morais, em todos os personagens reais que existem nesse país.
Ariano vive em mim, e em você.
Nós do Meninas WTF, agradecemos pelos sorrisos, que o senhor tão generosamente nos proporcionou e pela incontestável fonte de inspiração.
Ariano vive!
Por Jacque Tamboo.
Via Meninas WTF
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